Operação MINUSTAH
O que é?
MINUSTAH é uma missão das Nações Unidas instituída pela resolução 1542 do Conselho de Segurança em 30 de abril de 2004, para promover a estabilização da situação política no Haiti.
Como começou?
Considerando que a situação no Haiti ainda constitui ameaça para a paz internacional e a segurança na região, o CS decidiu estabelecer a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH), que assumiu a autoridade exercida pela MIF em 01 de junho de 2004.
Para o comando do componente militar da MINUSTAH (Force Commander) foi designado o General Augusto Heleno Ribeiro Pereira, do Exército Brasileiro. O efetivo autorizado para o contingente militar é de 6.700 homens, oriundos dos seguintes países contribuintes: Argentina, Benin, Bolívia, Brasil, Canadá, Chade, Chile, Croácia, França, Jordânia, Nepal, Paraguai, Peru, Portugal, Turquia e Uruguai.
Qual é a participação do Brasil?
Após a tragédia que atingiu o país caribenho, o Itamaraty trabalha agora para que o Brasil continue na liderança da Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti (Minustah). Prevista para acabar em outubro do ano passado, a missão foi estendida até o próximo mês de outubro. Se previsão do Ministério das Relações Exteriores se confirmar, com o terremoto de 7.3 na escala Richter que devastou o país na última terça-feira, a missão será estendida por tempo indeterminado. Na leitura da diplomacia brasileira, o país já demonstrou que está apto para comandar os esforços internacionais de auxílio ao Haiti. A afirmação foi feita por interlocutor de elevado posto no Itamaraty.
O reconhecimento francês, comprovado pelo pedido do presidente Nicolas Sarkozy para que o Brasil reconstrua o Haiti, juntamente com a França, os Estados Unidos e o Canadá, é um dos exemplos apontados pela diplomacia brasileira como sinal do respeito internacional que o Brasil conquistou desde que assumiu o comando da força de segurança no Haiti. Na visão da chancelaria brasileira, o fato de que as missões internacionais não se concentram mais apenas na questão da manutenção da ordem pode alavancar ainda mais o papel desempenhado pelo país no cenário internacional.
Por que está acontecendo?
Desde a intervenção internacional realizada no Timor Leste, as missões de paz do Conselho de Segurança das Nações Unidas não focam apenas a questão da segurança. Hoje, a reestruturação econômica e social dos países que sofrem intervenção caminha lado a lado com a consolidação da ordem. Por isso, mais do que restabelecer a segurança dos haitianos, os brasileiros hoje comemoram que, com sua presença, caminhavam para garantir algum nível de melhora nas condições de vida da população do Haiti até o terremoto.
Segundo o Itamaraty, em algumas questões de Justiça, por exemplo, os haitianos hoje preferem a ajuda de técnicos brasileiros à de outros membros da missão, principalmente aqueles oriundos de países desenvolvidos. Pelo fato do Brasil se tratar de um país em desenvolvimento, mesmo que em escala diferente do Haiti, a população local consegue enxergar os brasileiros como aliados que enfrentam problemas semelhantes em suas instituições e por isso entendem com mais facilidade os gargalos sociais do país.
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